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Com o conhecimento das técnicas abordadas em "Técnicas em Anatomia Vegetal", é possível fazer lâminas temporárias de cortes frescos para a visualização ao microscópio. Tendo o treinamento suficiente e utilizando uma lâmina de barbear de boa qualidade, certamente você fará lâminas muito bonitas.

      Os roteiros de aulas práticas abordados aqui são suficientes para uma boa demonstração em Anatomia Vegetal no Ensino Fundamental e Médio. Porém, não se prenda apenas ao aqui exposto. Experimente, ouse! Tende fazer lâminas das plantas referidas em seu livro didático. O Azul de Toluidina em pH4,0 é um corante muito versátil, que resulta em imgens muito bonitas, com cores variando de verde, azul, roxo, lilás a vermelho. Como é feito em solução tampão, eventualmente você vai ter de filtrar esse corante, pois podem crescer fungos nele. A quantidade fornecida é suficiente para muitos anos, desde que usado sem desperdícios e desde que armazenado em geladeira. Utilize-o em outros cortes.

      Também, vocês receberam um frasco com Lugol, para o teste de detecção de amido. Caso esse corante se acabe, o iodo polividona, que é vendido em farmácia, o substitui. Por fim, vocês receberam uma caixa laminário com lâminas permanentes. Guarde essa caixa em uma estante, como se fosse um livro, ou seja, de pé, de tal forma que as lâminas dentro dela fiquem na horizontal, com a lamínula para cima. Esse cuidado é muito importante, pois o bálsamo-do-canadá, que é a resina amarelada que gruda a lâmina com a lamínula, nunca se seca totalmente e, portanto, escorre com o tempo se as lâminas ficarem de pé, ou seja, se a caixa ficar na horizontal.

      As lâminas permantes são muito práticas, porém os cortes não têm mais a coloração natural, pois foram "desbotados" (clarificados) durante a confecção das lâminas. Posteriormente à clarificação, foram artificialmente corados com dois corantes: a Safranina O, que é vermelha; e o Fast Green, que varia de verde a azul. Embora as cores sejam bonitas e confiram um bom contraste às estruturas observadas, existe o inconveniente da perda de algumas informações. Por exemplo, a delimitação de um tecido com cor, como o parênquima clorofiliano, se torna mais difícil, pois os cloroplastos não estarão mais com a sua típica cor verde. Também, os cortes passam por algum grau de deformação, de leve a severo, ao serem submetidos aos reagentes "fortes" empregados no preparo das lâminas, principalmente o xilol ou xileno.

    Em cada roteiro de atividade prática será listado o material utilizado, considerando o microscópio como item indispensável para todas as práticas.

      Preparado(a)? Então, escolha a sua primeira atividade e mãos a obra!

Práticas que exigem preparo de lâminas temporárias

- Para demonstração de amiloplastos e grãos de amido.

 

 

- Para demonstração de amiloplastos, grãos de amido e parênquima amilífero.

 

- Para demonstração de células epidérmicas, em especial as que constituem os pêlos (tricomas).

 

- Para demonstração de cloroplastos, vacúolo, parede e movimentos celulares.

 

- Para demonstração da estrutura interna da folha, do parênquima clorofiliano e dos cloroplastos.

Práticas com lâminas permanentes

- Para demonstração da estrutura interna da folha que possui parênquima paliçádico e parênquima lacunoso.

 

- Para demonstração de células epidérmicas, em especial dos estômatos.

 

- Para demonstração de elementos condutores primitivos de xilema. Neste caso, de uma gimnosperma.

 

- Para visualização de caule típico de eudicotiledônea, em estrutura primária.

 

- Para demonstração da estrutura do caule de gimnosperma em crescimento secundário, do lenho (madeira) e anéis de crescimento.

 

- Para demonstração dos tecidos condutores no caule típico de uma monocotiledônea (capim).

 

- Para demonstração da estrutura interna da raiz adventícia de uma monocotiledônea.

 

- Para demonstração das estruturas reprodutivas da samambaia (esporófito).

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